Chega o final da gestação mergulhamos em um mar de ansiedade. Não bastasse nossas dúvidas e anseios acerca do parto, da nova vida que chega, de todas as demandas que teremos que atender, enfim da transformação total que acontece em nossas vidas ainda temos que lidar com a ansiedade e expectativa alheia.
Nos rendemos às pressões externas e por vezes vencidas pelo cansaço nos deixamos levar pelo turbilhão das emoções. Eu sei que é difícil. Recebemos tantos conselhos que por vezes até esquecemos do que realmente faz sentido em nossas vidas. Então quero te fazer um convite. Experimente se recolher, fazer uma xícara de chá, café, um chocolate quente ou algo que você goste, pegar papel e caneta e escrever.
Escrever uma carta para seu bebê e também para você. Você pode listar as dores e as delícias deste momento para que perceba o quanto já caminharam nessa dinâmica, com essa conexão única. Perceba os movimentos do bebê porque apesar de parecer clichê, sentimos mesmo falta da barriga.
Escreva sobre o que espera por este bebê aqui do lado de fora. Conte para seu bebê o quanto este mundo é bonito. Desapega da culpa de não ter certeza do que fazer e diga nesta carta para seu bebê que vocês trilharão juntos essa aventura e ao longo do caminho descobrirão a beleza do caminhar...
Diga para o seu bebê e reafirme sempre pra você que você sempre vai buscar o melhor, mas que as vezes o seu melhor é meio esquisitão e que mesmo assim está tudo bem.
Agradeça por ter sido escolhida para trazer esse bebê ao mundo.
Diga para seu bebê que você espera por ele. Que você quer esperar ele estar pronto.
Diga que vocês dois passarão por ajustes, turbulências até que encontrem não uma fórmula mágica, mas o que funciona na rotina de vocês. Acalme seu coração porque está prestes a vivenciar a fase mais desafiadora, potente e cheia de amor que já viveu. Tenha paciência consigo mesma... escreva para sempre se lembrar que você não precisa dar conta de tudo e que a sabedoria está em fazer o que é mais importante. Não tenha pressa! Pode não parecer mas a vida passa depressa demais.
Texto: Por Natália Biagioni @doularte.natbiagioni